quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Frondosas e problemáticas

Árvores da W3 ajudam a compor a beleza de uma via hoje desvalorizada, mas o fato de a maioria delas ter vindo de regiões fora do cerrado tem preço alto: crescimento desordenado e muitas quedas

O conceito de cidade-parque idealizado por Lucio Costa para o plano urbanístico de Brasília, quando bem executado, deixa a cidade com um agradável ar bucólico e agrega qualidade de vida aos moradores. Mas o mínimo descuido pode dar às largas avenidas um jeitão de abandono. É o caso da W3. Tida como nobre três décadas atrás, a via sofre hoje com a desvalorização dos imóveis e, também, com a força da natureza que faz as árvores se tornarem obstáculos para motoristas e pedestres.

A avenida de 12 quilômetros de extensão é permeada por vegetação na margem oeste, no canteiro central e, dependendo do lugar, no lado leste, principalmente nas entrequadras. Curiosamente, espécies extraídas da Mata Atlântica(1) e não do cerrado foram escolhidas para emoldurar o asfalto. A justificativa da Novacap, órgão responsável pela arborização da capital, é que elas ofereceriam maior sombra e diversidade.

Ao mesmo tempo em que dão sombra, essas mesmas espécies crescem de forma desordenada, tanto para cima quanto para os lados. A copa de várias delas tampa a visão do motorista próximo a semáforos e impede que a luz dos postes chegue até o solo, concentrando-se em um local que não precisa ser iluminado — a própria copa. Isso sem contar os reguladores de velocidade: eles parecem ter sido estrategicamente posicionados atrás de plantas mais volumosas, como uma armadilha para o motorista mais apressadinho.

Carlos Gomes, conhecido como Toninho Chaveiro, trabalha há 20 anos na calçada da Entrequadra 708/709 Norte e diz já ter visto de tudo no cruzamento em frente ao seu quiosque. “Um dia vou trazer uma filmadora de casa só para mostrar os absurdos que ocorrem nesta pista”, promete. Coincidentemente, em frente ao local de trabalho de Toninho, um galho de árvore impede que o semáforo seja perfeitamente visualizado pelos motoristas.

Pior ainda quando chove forte, como recentemente. As espécies mais antigas sucumbem às rajadas de vento e desabam, impedindo a circulação de veículos e de pessoas, como ocorreu no começo da semana, na altura da 705 Sul. Um exemplar da espécie cambuí caiu caprichosamente na passagem das quadras 700 para as 500, e somente no início da noite o trânsito foi liberado. Na terça-feira, ela foi cortada em pedaços para facilitar a limpeza da calçada.

Moradora de Brasília desde janeiro de 1960, a gaúcha Doralia Galesso, de 85 anos, é ecologista e pede melhor conservação na W3. “Se os galhos grandes fossem podados com frequência, não haveria necessidade de sacrificar algumas árvores”, diz. Opinião idêntica à do bancário Rogério Araújo, morador da 713 Sul. “O que poderia ser feito é analisar qual planta está comprometida e retirá-la, para não cair na rua. Para as demais, seria necessário só a poda mesmo”, avalia.

Euchroma
Dois fatores tornam as plantas frágeis. O primeiro é bem simples: como são nativas da Mata Atlântica, as espécies que margeiam a W3 têm dificuldade para fixar raízes de forma profunda no solo coberto pelo asfalto. Outro motivo é um inseto conhecido como euchroma, que ataca as espécies maguba, provenientes do cerrado. Esses bichinhos comprometem a saúde da árvore e as quedas ocorrem principalmente no período das chuvas.

De acordo com a Novacap, mais de duas mil árvores já foram sacrificadas, inclusive na W3. “Sobraram poucas magubas na via”, diz Rômulo Ervilha, chefe do Departamento de Parques e Jardinagem da Novacap. Ele garante que as espécies da avenida foram podadas duas vezes neste ano e que esse serviço tem que ser feito de forma calculada. “Não podemos tirar todos os galhos das árvores, porque assim elas ficariam descaracterizadas. Se fosse para cortar tudo, a cidade ficaria cheia de palmeiras, mas sem sombra para a comunidade”, explicou.

1 - Riscos relacionados
Nas décadas de 1970 e 1980, a Novacap plantou mudas de cambuí, sibipiruna, guapuruvu e espatódea. Esta última é conhecida em Brasília como “xixi de macaco”, porque no botão há bisnaguinhas que contêm água. Seu plantio não é recomendado para centros urbanos, porque as raízes são pouco profundas.

Obras tentam compensar derrubadas

esfeito o embargo das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a construção do novo meio de transporte público brasiliense conta com projeto ecologicamente correto — que prevê, todavia, o corte de árvores na única avenida com ares de alameda do Plano Piloto. “A W3 será toda revitalizada”, assegura o secretário de Obras do GDF, Jaime Alarcão. Houve, até o momento, a retirada de quatro árvores. Mas está previsto o plantio de 40 mudas de espécies nativas do cerrado no Parque das Aves, localizado entre a Estação Terminal Asa Sul do Metrô e o Zoológico.

Ao longo da construção do Trecho 2 do VLT, que liga o Setor Policial à 502 Norte, também serão plantadas, ao todo, 18,1 mil árvores no DF para compensar as remoções ao longo da W3. As medidas de conservação ambiental seguem determinações do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e ocorrem sob supervisão do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap. A obra é de responsabilidade do Consórcio Brastram, contratado pela Companhia Metropolitana do Distrito Federal.

O gasto estimado é de R$ 1,5 bilhão. O VLT deve ficar pronto em um ano para atender cerca de 110 mil pessoas por dia. A interrupção de parte das obras, porém, limitará as intervenções urbanísticas ao pátio de manutenção do VLT e ao viaduto do Setor Policial Militar Sul. Representantes do Ministério Público do DF exigem que o Governo do Distrito Federal (GDF) faça o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) referente aos trechos 2 e 3 do VLT e a avaliação ambiental do trecho 1.

Colaborou Guilherme Goulart
Correio Braziliense, 30 de dezembro de 2009
Fonte: http://www2.correiobraziliense.com.b...ri_cid_67.htm?

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Obras serão concluídas, garante secretário

Jornal de Brasília, 29 dez 2009

Fraga garante que as obras da Secretaria dos Transportes, em especial o VLT, serão completadas. "Lamento, no entanto, o ruído maldoso provocado pelos que tentaram demonstrar que as obras do VLT estavam ameaçadas. Esses ruídos foram desmentidos pela própria Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), financiadora de parte do projeto, que em nota divulgou que o acordo com o GDF está mantido".

Dois eixos a mais para o trem urbano
Na opinião do secretário, no futuro o VLT será estendido para a Asa Norte ou para a Esplanada dos Ministérios, pois a cidade precisa dos dois eixos de ampliação. Em primeiro plano deve acontecer, porém, na Esplanada dos Ministérios. O trajeto completo partirá do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, passando pela W3 Sul/Norte, Esplanada dos Ministérios e Eixo Monumental e deverá ficar pronto em 2014, ano da Copa do Mundo.

Derrubada de árvores não assusta
Fraga afirma que "de forma alguma" a derrubada de árvores na W3, para passagem do trem urbano, representará um desgaste político muito grande. A maioria das árvores da W3 está doente e caem quando há fortes chuvas, colocando a população em risco, diz ele. "Além disso, vamos retirar cerca de 490 árvores e plantar 1.500, ou seja, três vezes mais que o atual", contabiliza. As novas árvores, asseguram, serão mais adequadas ao clima do Cerrado e proporcionarão sombra.

Fonte: http://www.jornaldebrasilia.com.br/i...02&IdColuna=21

domingo, 27 de dezembro de 2009

Viaduto W3/Setor Policial


Metrô Leve: obras alteram trânsito Setor Policial

(10/12/2009 - 17:02)

A construção do Metrô Leve de Brasília (VLT) avançará a partir do próximo domingo (13). O trânsito do Setor Policial Sul, sentido Asa Sul – Octogonal, na altura da W3, será desviado para a construção de um novo viaduto na região. Na direção contrária (sentido Aeroporto ou Asa Sul), o trânsito não será afetado. Os motoristas deverão ficar atentos à sinalização no local.
Para a mudança no tráfego, foram instalados dois conjuntos de semáforos e construída uma via auxiliar, passando por dentro da W3, na altura da 516 Sul. A intervenção vai durar cinco meses, prazo estimado para conclusão de todo o novo complexo viário e metroviário projetado para o local.
A obra permitirá maior fluidez ao trânsito, além da passagem do Metrô Leve (VLT). O viaduto integra o projeto VLT, que está em obras. A primeira estação entregue será a da 516 Sul, com início da operação experimental a partir de maio de 2010. Até o final do ano, o transporte estará presente no trecho entre o Terminal Asa Sul (Setor Policial) e a 506 Sul.
Esta é a segunda fase de mudanças no trânsito na região do Setor Policial Sul (veja cronograma de obras). A primeira etapa ocorreu no dia 28 de novembro, sem registro de transtornos para os motoristas que trafegam pelo local. Até o momento, apenas quatro árvores foram retiradas em função das obras. Mesmo assim, serão plantadas 40 mudas de espécies nativas do Cerrado no Parque das Aves, entre a Estação Terminal Asa Sul do Metrô e o Zoológico, como forma de compensação.
Durante a construção do Trecho 2 do Metrô Leve de Brasília, que liga o Setor Policial à 502 Norte, serão plantadas, ao todo, 18.100 árvores no DF para compensar as remoções ao longo da W3. As medidas de conservação ambiental seguem as determinações do Ibram (Instituto Brasília Ambiental) e ocorrem sob supervisão do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap.  

Cronograma das obras até maio de 2010
Dezembro/ 2009 a maio/ 2010:
Construção do novo viaduto do Setor Policial Sul, altura da W3
Março a maio/2010:
Construção da Estação 516 Sul do Metrô Leve (VLT)
A partir de maio/2010:
Construção do trecho 516 Sul – 506 Sul do Metrô Leve (VLT)

Outras informações: Coordenação de Comunicação Social – Metrô-DF – 3353-7077

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Financiamento


Agência Francesa de Desenvolvimento diz que projeto do VLT está mantido

Adriana Bernardes
Publicação: 23/12/2009 07:13 Atualização: 23/12/2009 10:17
A Secretaria de Transportes do Distrito Federal e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) divulgaram notas assegurando que a proposta de financiamento do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) por parte da instituição francesa está mantida. E que, portanto, as denúncias de corrupção envolvendo o Executivo e Legislativo locais não afetariam as negociações de empréstimo para a construção do novo sistema de transporte público do DF. 

Parceria com agência francesa para custear obras do Veículo Leve sobre Trilhos foi confirmada - (Gustavo Moreno/CB/D.A Press - 8/9/09
)
Parceria com agência francesa para custear obras do Veículo Leve sobre Trilhos foi confirmada
Os rumores sobre o risco de a AFD suspender o financiamento surgiram por conta de uma cláusula contratual da instituição francesa. A AFDF é proibida de fazer negócios com gestores investigados por corrupção. O problema teria surgido após a Operação Caixa de Pandora expor uma suposta rede de pagamento de propina a deputados distritais em que o próprio governador José Roberto Arruda (sem partido) e o vice, Paulo Octávio (DEM), estariam envolvidos pagando ou recebendo dinheiro ilícito. 

Na nota, o secretário Alberto Fraga esclarece que “não há sinalização ou evidência alguma de suspensão do contrato de 144 milhões de euros — o equivalente a R$ 365 milhões — para as obras do VLT por parte AFD”. E diz que a tramitação para a assinatura do contrato em janeiro próximo segue normalmente. E, segundo ele, houve uma conversa informal em outubro — portanto antes de o escândalo estourar — em que ele teria sugerido a executivos da AFD que fizessem a alteração contratual, “visto que a garantia será dada pelo GDF e não por uma pessoa física”. Segundo Fraga, a alteração foi aceita pelos gestores. 

Já a agência francesa escreveu, em cinco linhas, que “mantém suas propostas de financiamento do projeto de VLT de Brasília…”. E finaliza “A AFD permanece confiante de que o processo … será levado a cabo, no respeito das suas regras e dos seus procedimentos habituais”. 

O financiamento do VLT pela AFD foi acertado em junho passado, na França. A agência aceitou financiar a primeira etapa do projeto que compreende o Terminal da Asa Sul, atrás do Setor Policial Sul até o Shopping Pátio Brasil, passando pela W3 Sul. As obras já estão em andamento. A previsão é que esse traçado seja concluído até o fim de 2010. Neste mesmo encontro, Arruda iniciou negociação com vistas à um novo empréstimo para ampliar o ramal até a Esplanada dos Ministérios.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Financiamento


CAIXA DE PANDORADenúncias ameaçam atrasar obra do VLTApós a operação da PF, agência francesa exige mudança na gestão dos contratos com o GDF para liberar recursos. Negociações com o Banco do Brasil ficam comprometidas

Adriana Bernardes
Lilian Tahan
Publicação: 22/12/2009 08:39
Um dos maiores projetos do atual governo, a construção do Veículo Leve sobre Trilhos — que promete resolver parte do problema do trânsito no Distrito Federal — corre o risco de perder seus financiadores. Em função das denúncias de corrupção que atingem integrantes do governo, a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) impôs uma exigência para liberar o empréstimo de 144 milhões de euros. A AFD faz questão do cumprimento de um dos itens do contrato no qual proíbe a contratação com gestores investigados por corrupção. Como a crise de suposto esquema de pagamento de propina envolve a cúpula do Executivo, entre eles o próprio governador José Roberto Arruda (sem partido), o projeto pode atrasar. Outro possível parceiro na execução do trem leve para o DF, o Banco do Brasil desacelerou o ritmo de negociação de R$ 350 milhões com o governo local.

Primeira etapa do empreendimento tem previsão de entrega até o fim de 2010 - (Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
Primeira etapa do empreendimento tem previsão de entrega até o fim de 2010
Na tentativa de manter a data da assinatura do convênio, o secretário de Transportes do GDF, Alberto Fraga (DEM), sugeriu a executivos da AFD uma alteração na cláusula que fala sobre a corrupção. Fraga propôs que, em vez de o convênio ser assinado por um gestor ou coordenador, a parceria seja assumida pelo GDF, de forma genérica. Segundo o secretário, a alteração foi aceita pelos gestores, o que não inviabilizaria o projeto. Mas a própria Agência Francesa de Desenvolvimento não quer se manifestar publicamente sobre o assunto.

Uma das etapas de construção do VLT vai custar R$ 720 milhões. Metade desse valor foi praticamente acertada durante negociação entre Arruda e executivos da AFD em junho do ano passado, quando o governador esteve na França para tratar do assunto. Na época, a AFD aceitou financiar a construção da primeira etapa do empreendimento. Ela compreende o Terminal da Asa Sul, atrás do Setor Policial Sul, até o Shopping Pátio Brasil. A previsão é que seja concluída até o fim de 2010. Nesse mesmo encontro, José Roberto Arruda aproveitou para iniciar negociação com vistas a um novo empréstimo para ampliar o ramal até a Esplanada dos Ministérios.

Além dos euros capitaneados para o projeto, o GDF mantinha uma negociação com o Banco do Brasil para a compra dos trens. Mas as conversas com o BB foram interrompidas depois do início do escândalo político no DF. “Não vou dizer que não temos chance. O negócio é que as conversas rarearam”, afirmou o secretário de Transportes, Alberto Fraga.

Obras
O VLT foi planejado para cruzar o Eixo Monumental, saindo da W3 Sul, passando pelo Memorial JK até a Esplanada. Na época em que foi anunciado, o arquiteto Oscar Niemeyer e o superintendente do Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan), Alfredo Gastal, criticaram a proposta por considerar que a mudança comprometerá o desenho original da cidade.

Apesar da polêmica, a primeira etapa do VLT já começou a sair do papel. O projeto do novo sistema de transporte pensado para ligar o Aeroporto Juscelino Kubitschek ao centro de Brasília prevê a proibição da circulação de ônibus na W3 e a construção de estacionamentos ao longo de todo o trajeto.

Se as obras forem adiante, está programado um grande terminal de integração atrás do Setor Policial Sul, onde haverá baldeação para todos os futuros sistemas do DF (Metrô, VLT e VLP), com estacionamento próprio.

NÚMERO
144 milhões de euros
Valor acertado com a Agência Francesa de Desenvolvimento para financiar o VLT


QUATRO PERGUNTAS
Para Alberto Fraga, secretário de transportes do DF

A AFD desistiu de financiar o VLT?

Isso não é verdade. O que ocorreu foi outra coisa. Nos últimos dias, eu tive uma conversa com um executivo da AFD e ele me lembrou que há uma cláusula no contrato impedindo a agência de firmar convênio com gestor ou coordenador citado em processo de corrupção. Então, eu perguntei sobre a possibilidade de alterar a cláusula, passando a assinar por parte do DF, o governo e não um gestor específico.

A AFD aceitou a alteração?
Sem nenhum problema. Por isso, o calendário, por enquanto, está mantido. O único problema é que essas instituições não gostam nem um pouco de ver seus nomes na mídia, envolvidos em histórias complicadas como essa.

A negociação com o Banco do Brasil foi encerrada?

Não é bem assim. O que posso dizer é que nós vínhamos conversando com mais frequência e, depois dessa crise, o banco deu uma pisada no freio, desacelerou no entendimento.

O VLT vai atrasar?
Não. Esses bancos não são a única opção do GDF. Há outras instituições com as quais o governo mantém contato. Nós optamos pelo BB, por exemplo, porque oferecia juros mais baixos. Mas temos outras negociações em andamento.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Viaduto W3/Setor Policial


Montagem do canteiro de obras, iniciado em 24 de novembro de 2009.

Viaduto W3/Setor Policial


Montagem do canteiro de obras, iniciado em 24 de novembro de 2009.

Acordo judicial não paralisa obras do VLT


Blog do Callado
17/12/09

Não haverá prejuízo à continuidade das obras do Metrô Leve de Brasília (VLT). Na fase atual, está prevista apenas a construção do complexo rodoviário e metroviário que ligará o Setor Policial Sul à W3 Sul e do Centro de Manutenção.

As obras iniciadas têm previsão de conclusão em cinco meses. Pelo planejamento atual, divulgado pelo Metrô há uma semana, somente após esta etapa a construção avançaria em direção à 516 Sul.

O termo de audiência, presidida pelo MM. Juiz de Direito, Dr. Carlos D.V. Rodrigues, na tarde de ontem (15/12), esclarece o teor do acordo:

1) Suspensão do curso de todos os processos até a data da próxima audiência, que ocorrerá dia 10 de fevereiro de 2010;

2) Até lá, não poderão ocorrer obras no canteiro central da avenida W3. O corte de árvores ficará limitado à poda e manutenção;

3) Fica autorizado o andamento das obras iniciadas - construção do novo viaduto do Setor Policial Sul e do Complexo de Manutenção do VLT (próximo à Estação Terminal Asa Sul do Metrô);

4) Fica suspensa a audiência pública que ocorreria no dia 21 de dezembro. Uma nova audiência ocorrerá após a realização de estudos complementares para o projeto do VLT, definidos pelo Ibram.

Participaram da audiência: representantes do Metrô-DF, do Ibram, do Detran, da Procuradoria do DF e do MPDF (Prourb e Prodema).

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Novo desvio complica trânsito


Tribuna do Brasil - 15 dez 2009

Gisele Diniz

A construção do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) começou a causar os primeiros transtornos. Ontem, foi o primeiro dia útil em que os motoristas enfrentaram os desvios feitos em frente aos setores Policial e Hospitalar, na altura da 516 Sul. Engarrafamentos e confusão na hora de entender as modificações irritaram quem passou pelo local.

As mudanças começaram a valer no último domingo (13), mas os contratempos foram mais intensos no trajeto de ida e volta do trabalho. A equipe do Metrô de Brasília providenciou dois desvios – um para quem segue no sentido Eixinho Sul-Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e outro para quem segue da W3 Sul em direção ao Eixão. Cada ponto ganhou um semáforo para controlar o trânsito. Aqueles que seguem no sentido SAI-Asa Sul não sofrerão alterações.

Os desvios servem para isolar o antigo viaduto que fazia essas ligações. No lugar, será construído um cruzamento em harmonia com o VLT. Conforme informações do Metrô, as mudanças devem prevalecer pelos próximos 180 dias, quando está programado o fim das obras do VLT. “Haverá muitos transtornos, mas os benefícios que o VLT trará para a nossa cidade serão muito maiores”, informou o órgão.

Os motoristas estão com dificuldades de entender o novo sistema viário, com os desvios. A servidora pública Irene Matos por pouco não bateu em um ônibus ao tentar mudar de faixa em um dos desvios. “Quando a gente decide para que lado vai já está muito perto”, reclamou. “Mas é assim mesmo no começo. Depois a gente se acostuma”, resignou-se.

PEDESTRES

Para os pedestres a situação ficou melhor. Se antes não havia nenhum semáforo para auxiliar a travessia, agora há dois. “Eu estou achando muito bom. Pelo menos tem um tempo para a gente passar. Antes, era na sorte. Na correria”, disse o jardineiro Leandro Oliveira, 40 anos.

O colega de Leandro, Onofre Lima, 64 anos, reclamou da falta de sincronia entre os sinais. “Quando fecha um abre o outro. Devia ser junto”, comentou. Ainda assim, ele aprovou a iniciativa. Segundo Lima, a sinalização era algo necessário há muito tempo, mas com o que as autoridades não se preocuparam. “Só espero que continue assim depois da construção”, observou Lima.

Metrô Leve: obras alteram trânsito Setor Policial
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                12 dez 2009          

A construção do Metrô Leve de Brasília (VLT) avançará a partir do próximo domingo (13). O trânsito do Setor Policial Sul, sentido Asa Sul – Octogonal, na altura da W3, será desviado para a construção de um novo viaduto na região. Na direção contrária (sentido Aeroporto ou Asa Sul), o trânsito não será afetado. Os motoristas deverão ficar atentos à sinalização no local.

Para a mudança no tráfego, foram instalados dois conjuntos de semáforos e construída uma via auxiliar, passando por dentro da W3, na altura da 516 Sul. A intervenção vai durar cinco meses, prazo estimado para conclusão de todo o novo complexo viário e metroviário projetado para o local.

A obra permitirá maior fluidez ao trânsito, além da passagem do Metrô Leve (VLT). O viaduto integra o projeto VLT, que está em obras. A primeira estação entregue será a da 516 Sul, com início da operação experimental a partir de maio de 2010. Até o final do ano, o transporte estará presente no trecho entre o Terminal Asa Sul (Setor Policial) e a 506 Sul.

Esta é a segunda fase de mudanças no trânsito na região do Setor Policial Sul (veja cronograma de obras). A primeira etapa ocorreu no dia 28 de novembro, sem registro de transtornos para os motoristas que trafegam pelo local. Até o momento, apenas quatro árvores foram retiradas em função das obras. Mesmo assim, serão plantadas 40 mudas de espécies nativas do Cerrado no Parque das Aves, entre a Estação Terminal Asa Sul do Metrô e o Zoológico, como forma de compensação.

Durante a construção do Trecho 2 do Metrô Leve de Brasília, que liga o Setor Policial à 502 Norte, serão plantadas, ao todo, 18.100 árvores no DF para compensar as remoções ao longo da W3. As medidas de conservação ambiental seguem as determinações do Ibram (Instituto Brasília Ambiental) e ocorrem sob supervisão do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap.

Cronograma das obras até maio de 2010

Dezembro/ 2009 a maio/ 2010:
Construção do novo viaduto do Setor Policial Sul, altura da W3
Março a maio/2010:
Construção da Estação 516 Sul do Metrô Leve (VLT)
A partir de maio/2010:
Construção do trecho 516 Sul – 506 Sul do Metrô Leve (VLT)


Outras informações: Coordenação de Comunicação Social – Metrô-DF – 3353-7077/9285-7346

Estudos de Impacto


VLT tem obras suspenas por falta de estudos de impacto


Publicação: 16/12/2009 17:39 Atualização: 16/12/2009 18:17 - Correio Braziliense

As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foram suspensas por uma decisão judicial. Apenas o trecho em que a construção já começou, entre o Setor Policial Sul e a W3 Sul, não foi afetado pela determinação.
A deliberação foi dada em reunião ocorrida na tarde de terça-feira (15/12), com o juiz Carlos Divino Rodrigues, promotores de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) e de Defesa do Meio Ambiente (Prodema) e representantes da Procuradoria-Geral do DF, do Metrô e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio-Ambiente (Seduma).
O promotor de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) Paulo Leite explica que faltam estudos de impacto de vizinhança e ambiental. “Observamos que houve problemas no que se refere aos estudos, que estão previstos no estatuto das cidades”.
Ainda segundo Leite, em outubro, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou à Companhia Metropolitana do DF (Metrô-DF), que fosse feito um estudo de impacto. “Mas a advertência não foi respeitada e, assim, entramos com uma ação judicial, que culminou na suspensão.” Segundo o promotor, enquanto não forem tomadas todas as medidas exigidas, os outros trechos do VLT não poderão ser iniciados.
Além da suspensão das obras, foi adiada uma audiência pública que ocorreria na próxima segunda-feira (21/12), para o dia 10 de fevereiro. Enquanto isso, os estudos devem ser realizados.
Trechos do VLT

As obras continuam autorizadas no primeiro trecho do VLT, que vai do aeroporto até o terminal sul. A construção continua apenas entre o Setor Policial Sul e a W3. O trecho dois contempla toda a W3 Sul, e o terceiro visa à implantação do VLT na W3 Norte.