O modelo de veículo leve sob trilhos adotado na cidade francesa de Montpellier será o que o GDF pretende trazer para Brasília e deve ficar pronto antes da Copa do Mundo de 2014
A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) vai negociar com o Governo do Distrito Federal (GDF) um empréstimo para estender o veículo leve sobre trilhos (VLT) até a Esplanada dos Ministérios. A proposta foi feita na sexta-feira (26) pelo governador José Roberto Arruda ao presidente da AFD, Jean Michel Severino, em uma reunião na sede da empresa, em Paris.
Jean-Michel Severino confirmou o empréstimo de 140 milhões de euros para a primeira fase do VLT - do terminal da Asa Sul até o PátioBrasil - e disse que a AFD tem todo o interesse em terminar o trabalho de construção das outras linhas. “O Governo do Distrito Federal tem sido muito profissional e eficiente e, por isso, não sera difícil aprovarmos um novo empréstimo”, disse Severino. As condições de pagamento estão estabelecidas: o DF terá 15 anos para pagar o empréstimo com juros de 3%. A carência é de cinco anos.
Depois de conhecer o sistema de Montpellier, Arruda orientou os técnicos do Governo a acelerar o projeto do VLT na Esplanada e lembrou que essa é uma reivindicação dos servidores públicos e um desejo antigo de um dos criadores da cidade, Oscar Niemeyer. “Com a construção do VLT na W3, vamos transportar 110 mil passageiros por dia. Se estendermos para a Esplanada dos Ministérios, serão 220 mil passageiros por dia”, diz Arruda, que determinou ao secretário de Transportes, Alberto Fraga e ao presidente do metrô, José Gaspar de Souza, começarem a negociar o novo empréstimo imediatamente.
Na primeira fase, será construída a linha que começa no terminal da Asa Sul até o Brasília Shopping prevista para terminar em um ano. A segunda fase será a ligação do aeroporto até o final da Asa Sul com previsão de término em 2013.
Em Paris, José Roberto Arruda teve um exemplo de como ficará a W3 depois das mudanças. Técnicos da RATP (empresa pública de transportes ferroviários de Paris) mostraram ao governador uma proposta de VLT muito parecida com a de Brasília, prevendo uma convivência harmônica entre carros e trens e a revitalização da W3. Na capital francesa, os comerciantes locais afirmam que houve uma valorização de 40% dos imóveis e os negócios cresceram.
Se a expansão for aprovada haverá uma linha do VLT ligando o Memorial JK à Esplanada dos Ministérios, mas o assunto promete muita discussão pois os vagões são movidos a energia elétrica e os fios ficam expostos. “Há quem diga que essa imagem fere o patrimônio histórico de Brasília. Eu vou convidar o Ministério Público e os técnicos do patrimônio histórico para conhecerem o sistema. Se pode fazer em Paris, cidade mais bonita do mundo, por que não pode em Brasília.”
O exemplo de Montpellier
Cidade medieval do século XI , tombada pelo Patrimônio Histórico, Montpellier era há 20 anos uma cidade em decadência, apesar de ter uma das mais antigas universidades do mundo. A construção da primeira linha do VLT mudou a cara da cidade. A primeira reação da população foi negativa e as obras incomodaram por um bom tempo. A rejeição à mudança chegava a 60%.
A aprovação só aconteceu depois que o trem começou a funcionar e agora 95% da população aprovam o VLT. “É uma mudança de cultura”, disse o diretor-geral da empresa de transportes de Montpellier, Marc Le Tourneur. “Mas vale a pena investir porque a qualidade de vida dos moradores aumenta muito”, acrescentou.
Hoje há poucos carros circulando na cidade, a primeira linha transporta 130 mil passageiros por dia e a segunda, 55 mil. A expectativa da prefeitura de Montpellier é transportar mais 80 mil com a terceira linha, o que significará o transporte de quase 70% da população de Montpellier, de 400 mil habitantes.
No centro histórico o que se vê são crianças e mães passeando, jovens conversando, ciclistas que atravessam as linhas do VLT sem preocupação. “Eu nunca vi uma cidade se preocupar tanto com os pedestres,” disse o secretário de Transportes, Alberto Fraga.
Mas Montpellier não é a única cidade que tem esse tipo de transporte. Na Europa, aderiram ao sistema lugares famosos como Paris, Bordeaux, Lion, Grenoble, Nice, Strasbourg, na França. Dusseldorf, Berlim, Colonia e Nuremberg, na Alemanha. Na Espanha, Madrid e Barcelona. Para o governador Arruda, esse é o melhor exemplo de revitalização.
Brasília é candidata a Encontro da Unesco
Depois de cinco dias na França, Arruda seguirá para a Espanha, onde passará três dias em Sevilha e outros dois em Barcelona. De domingo (28) até terça-feira (30), o governador estará em Sevilha, onde participará do 33º Encontro Mundial da Unesco com 878 sítios de todos os continentes, tombados como Patrimônio Histórico da Humanidade.
No dia 28, data da escolha da próxima anfitriã do evento, o governador fará um convite oficial para que a 34ª edição do encontro, em 2010, seja realizada em Brasília, na época do aniversário de 50 anos da capital federal. “Vamos participar da eleição que vai escolher a cidade-sede do encontro. Queremos coroar os 50 anos da cidade. O único bem contemporâneo considerado patrimônio histórico da humanidade é Brasília. É um evento que dará ao aniversário da cidade uma repercussão mundial”, pontuou Arruda.
Governador Arruda foi ver de perto o sistema francês de VLT
R$ 1 mi a fundo perdido
VLT deve transportar cerca de 110 mil pessoas por dia pela W3
Na quinta-feira (24), o governador José Roberto Arruda assinou, em Montpellier, na França, uma parceria no valor de 350 mil euros (cerca de R$ 980 mil), a fundo perdido – sem necessidade de devolução -, com uma empresa da cidade e a Agência Francesa de Desenvolvimento para parceria técnica na construção do veículo leve sobre trilhos (VLT), que será construído na W3 Sul.
A verba de 350 mil euros será investida no aumento da eficácia do novo sistema, que revolucionou o transporte público em Montpellier. A construção do VLT deve começar logo que for assinado o empréstimo de 140 milhões de euros (cerca de R$ 390 milhões) com a Agência Francesa de Desenvolvimento. A expectativa do GDF é que a assinatura seja em setembro, quando o presidente da França, Nicolas Sarkozy, visita o Brasil.
No ano passado, técnicos franceses estiveram em Brasília a convite do GDF e da Agência Francesa de Desenvolvimento, quando ficou acertado o empréstimo de 140 milhões de euros para a construção do VLT. “Tudo isso só se tornou possível porque Brasília fez o dever de casa. O GDF economizou, cortou gastos, tomou medidas duras para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal e aumentou a capacidade de o DF captar mais recursos para investimentos. Quem vai ganhar com isso é população”, disse Arruda.
O acordo assinado tem a validade de seis anos e prevê a colaboração da Companhia de Transportes Públicos (TAM) de Montpellier na construção de estacionamentos públicos, na integração do VLT com outros tipos de transporte leves como ônibus, bicicletas e caminhadas, bilhetagem e reordenação urbana dos bairros que serão beneficiados pela linha do VLT.
“Os técnicos franceses acompanharão cada passo da obra, o que vai permitir transparência e eficácia”, destacou o governador. “Mas o que mais me impressiona é a revolução no transporte público que o VLT pode fazer em Brasília. A W3 de hoje está decadente, com o VLT a W3 vai ter vida outra vez”.
Fonte: http://comunidade.maiscomunidade.com...LANADA-.pnhtml
Cidade medieval do século XI , tombada pelo Patrimônio Histórico, Montpellier era há 20 anos uma cidade em decadência, apesar de ter uma das mais antigas universidades do mundo. A construção da primeira linha do VLT mudou a cara da cidade. A primeira reação da população foi negativa e as obras incomodaram por um bom tempo. A rejeição à mudança chegava a 60%.
A aprovação só aconteceu depois que o trem começou a funcionar e agora 95% da população aprovam o VLT. “É uma mudança de cultura”, disse o diretor-geral da empresa de transportes de Montpellier, Marc Le Tourneur. “Mas vale a pena investir porque a qualidade de vida dos moradores aumenta muito”, acrescentou.
Hoje há poucos carros circulando na cidade, a primeira linha transporta 130 mil passageiros por dia e a segunda, 55 mil. A expectativa da prefeitura de Montpellier é transportar mais 80 mil com a terceira linha, o que significará o transporte de quase 70% da população de Montpellier, de 400 mil habitantes.
No centro histórico o que se vê são crianças e mães passeando, jovens conversando, ciclistas que atravessam as linhas do VLT sem preocupação. “Eu nunca vi uma cidade se preocupar tanto com os pedestres,” disse o secretário de Transportes, Alberto Fraga.
Mas Montpellier não é a única cidade que tem esse tipo de transporte. Na Europa, aderiram ao sistema lugares famosos como Paris, Bordeaux, Lion, Grenoble, Nice, Strasbourg, na França. Dusseldorf, Berlim, Colonia e Nuremberg, na Alemanha. Na Espanha, Madrid e Barcelona. Para o governador Arruda, esse é o melhor exemplo de revitalização.
Brasília é candidata a Encontro da Unesco
Depois de cinco dias na França, Arruda seguirá para a Espanha, onde passará três dias em Sevilha e outros dois em Barcelona. De domingo (28) até terça-feira (30), o governador estará em Sevilha, onde participará do 33º Encontro Mundial da Unesco com 878 sítios de todos os continentes, tombados como Patrimônio Histórico da Humanidade.
No dia 28, data da escolha da próxima anfitriã do evento, o governador fará um convite oficial para que a 34ª edição do encontro, em 2010, seja realizada em Brasília, na época do aniversário de 50 anos da capital federal. “Vamos participar da eleição que vai escolher a cidade-sede do encontro. Queremos coroar os 50 anos da cidade. O único bem contemporâneo considerado patrimônio histórico da humanidade é Brasília. É um evento que dará ao aniversário da cidade uma repercussão mundial”, pontuou Arruda.
Governador Arruda foi ver de perto o sistema francês de VLT
R$ 1 mi a fundo perdido
VLT deve transportar cerca de 110 mil pessoas por dia pela W3
Na quinta-feira (24), o governador José Roberto Arruda assinou, em Montpellier, na França, uma parceria no valor de 350 mil euros (cerca de R$ 980 mil), a fundo perdido – sem necessidade de devolução -, com uma empresa da cidade e a Agência Francesa de Desenvolvimento para parceria técnica na construção do veículo leve sobre trilhos (VLT), que será construído na W3 Sul.
A verba de 350 mil euros será investida no aumento da eficácia do novo sistema, que revolucionou o transporte público em Montpellier. A construção do VLT deve começar logo que for assinado o empréstimo de 140 milhões de euros (cerca de R$ 390 milhões) com a Agência Francesa de Desenvolvimento. A expectativa do GDF é que a assinatura seja em setembro, quando o presidente da França, Nicolas Sarkozy, visita o Brasil.
No ano passado, técnicos franceses estiveram em Brasília a convite do GDF e da Agência Francesa de Desenvolvimento, quando ficou acertado o empréstimo de 140 milhões de euros para a construção do VLT. “Tudo isso só se tornou possível porque Brasília fez o dever de casa. O GDF economizou, cortou gastos, tomou medidas duras para se adequar à Lei de Responsabilidade Fiscal e aumentou a capacidade de o DF captar mais recursos para investimentos. Quem vai ganhar com isso é população”, disse Arruda.
O acordo assinado tem a validade de seis anos e prevê a colaboração da Companhia de Transportes Públicos (TAM) de Montpellier na construção de estacionamentos públicos, na integração do VLT com outros tipos de transporte leves como ônibus, bicicletas e caminhadas, bilhetagem e reordenação urbana dos bairros que serão beneficiados pela linha do VLT.
“Os técnicos franceses acompanharão cada passo da obra, o que vai permitir transparência e eficácia”, destacou o governador. “Mas o que mais me impressiona é a revolução no transporte público que o VLT pode fazer em Brasília. A W3 de hoje está decadente, com o VLT a W3 vai ter vida outra vez”.
Fonte: http://comunidade.maiscomunidade.com...LANADA-.pnhtml
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