sábado, 27 de junho de 2009

Iphan e Niemeyer criticam a proposta de VLT sobre o gramado

Gizella Rodrigues

Publicação: 27/06/2009 08:56 Atualização: 27/06/2009 12:13


O novo trecho do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) mal foi colocado no papel e já começou a causar polêmica. A ideia de levar o metrô leve até o Congresso Nacional pelo canteiro central da Esplanada dos Ministérios recebeu críticas de dois dos maiores especialistas quando o assunto é preservação de Brasília: Oscar Niemeyer e Alfredo Gastal, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no DF.

Gastal é contrário ao projeto do VLT apresentado por Arruda pelos mesmos argumentos que tinha quando dizia que não concordava com a construção da Praça da Soberania em frente à Rodoviária de Brasília (leia Memória). Segundo ele, fazer qualquer tipo de edificação acima do solo no canteiro central da Esplanada fere as duas leis do tombamento, a federal e a distrital. "Nem que a vaca tussa é possível que ele passe pelo canteiro central da Esplanada", afirmou.

O superintendente do Iphan também critica a estética da proposta -- o VLT seria alimentado por fios que ficariam expostos. "Quando a gente fizer festa de São João, já teremos onde pendurar as bandeirinhas", ironizou. Gastal ressaltou que é a favor que o VLT chegue até o Congresso Nacional, mas sugeriu que as obras sejam feitas pelas laterais da Esplanada, em frente aos ministérios.

Niemeyer, que está em casa se recuperando de uma lesão nas costas, não quis se alongar sobre o assunto. O arquiteto disse que acha a passagem do metrô pelo gramado central da Esplanada "ruim". "Corta o eixo em dois", justificou. Niemeyer sugeriu a mesma solução proposta pelo Iphan: que o VLT passe pelas laterais da Esplanada. "Seria bem melhor", disse.

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