quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pré-Qualificação em 2008

TRANSPORTEImprimirE-mail
21 DE FEVEREIRO DE 2008

Começa hoje licitação do Veículo Leve sobre Trilhos

Empresas interessadas na construção da primeira fase da obra apresentam os documentos exigidos para a pré-qualificação


Érica Montenegro
Da equipe do Correio

http://stat.correioweb.com.br/cw/EDICAO_20080221/fotos/a40-2.jpgA primeira etapa do processo de licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ou metrô leve, começa hoje, com a pré-qualificação dos interessados em participar da concorrência. O objetivo é selecionar, antes da abertura da licitação, as empresas que têm capacidade técnica, financeira e econômica para construir o trecho inicial do VLT, orçado em R$ 600 milhões.

Nessa primeira etapa, as empresas interessadas entregarão os documentos exigidos no edital de licitação. As equipes da Secretaria de Transportes e do Metrô-DF analisarão a documentação e, até abril, pretendem divulgar quais estão aptas a participar da concorrência. “É a primeira vez que o método da pré-qualificação será usado no DF. Nossa expectativa é que ele agilize o processo”, explica o diretor presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza. “É uma maneira de dar celeridade, evitando que a licitação seja interrompida por aventureiros”, completa o secretário de Transportes, Alberto Fraga.

De acordo com o cronograma do governo, a construção do primeiro trecho do metrô leve deve começar entre o fim de junho e o início de julho. O percurso compreende toda a W3 Sul, com as estações finais no Terminal da Asa Sul e na 502 Norte (veja arte). O projeto inclui ainda uma grande área de pedestres entre as asas Sul e Norte. Para essa primeira parte da obra já foram captados R$ 300 milhões — metade do valor em que ela está orçada. A principal financiadora é a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), que pretende lucrar com a venda de protocolos de carbono no mercado internacional, já que o VLT é uma tecnologia limpa, com os bondes alimentados por eletricidade.

Na fase em que o edital de licitação esteve à venda, 42 empresas se interessaram em comprá-lo. Mas, apenas cinco companhias detêm a tecnologia de fabricação do VLT e dos trilhos por onde ele circula. As empresas de construção civil, portanto, terão de compor consórcios com as fabricantes do equipamento. Elas são a alemã Siemens, a canadense Bombardier, a francesa Alstom, a japonesa Mitsui e a italiana Ansaldo. “O metrô leve será uma revolução para Brasília. O trânsito da cidade melhorará muito com esse novo meio de transporte”, afirma Fraga.

Recomendação
O secretário de Transportes confirmou que o Ministério Público apresentou uma recomendação sugerindo que a pré-qualificação não fosse iniciada hoje. Mas, de acordo com ele, o governo decidiu continuar com o processo, pois já havia recebido a aprovação do Tribunal de Contas do DF. “Estamos fazendo tudo com orientação, queremos entregar essa obra para a cidade ainda em 2010”, afirma Fraga. A promotora Karina Soares Rocha, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, não foi encontrada para explicar por que recomenda que a pré-qualificação seja suspensa. De acordo com o diretor-presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza, ela estaria pedindo maiores detalhes sobre o projeto de engenharia da obra. “O projeto que está no edital tem os detalhes básicos. Mas o Ministério Público gostaria de mais especificações técnicas. Acreditamos que nessa fase do projeto, os detalhes básicos são suficientes”, afirma o diretor-presidente do Metrô.

O projeto do metrô leve compreende a ligação entre o aeroporto Juscelino Kubitschek e o Terminal da Asa Norte. O trajeto está orçado em R$ 1,3 bilhão e a previsão é que esteja pronto para ser usado na Copa do Mundo de 2014. Segundo o governo, o novo meio de transporte poderá diminuir o tráfico de veículos na W3 Sul em até 30% e também revitalizar a avenida que, na última década, tem perdido a ocupação. O GDF submeteu o projeto à aprovação do Instituo de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-DF). A preocupação era garantir que o VLT não descaracterizasse o projeto urbanístico da cidade. Os técnicos do instituto pediram apenas que o cruzamento entre o Eixo Monumental e a W3 não fosse modificado por postes e fios. Para atender essa especificação, os projetistas decidiram que, nesse trecho, o metrô leve será alimentado de eletricidade pelos trilhos.

http://www2.correioweb.com.br/cbonline/cidades/pri_cid_124.htm

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